Exemplos a seguir

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A Obra do Padre Américo

 

gaiatosFalecido há pouco mais de meio século, 16 de Julho de 1956, a Obra do Padre Américo é uma referência. Os seus princípios pedagógicos, Deus, liberdade, responsabilidade, trabalho, Família… são válidos hoje?

 

No simpósio sobre «Padre Américo – Modelo de Caridade para os nossos dias» que decorreu no dia 19 de Julho, no auditório da Casa Diocesana de Vilar, no Porto para celebrar o aniversário da Obra da Rua, D. António Francisco dos Santos sublinhou que o Padre Américo “partiu cedo demais” e não se sabe “quantas barreiras ele teve de vencer”, mas ele “estava decidido! Havia uma força interior que o impelia”.

 

O Padre Américo, que estudou no Seminário Maior de Coimbra, percorreu como ninguém as ruas mais pobres desta cidade, onde encontrou generosidade e carinho para a “Sopa dos Pobres”. Abriu uma casa para rapazes, na sua maioria órfãos, em Miranda do Corvo, onde hoje se encontra um grupo de catraios (ver foto) provenientes de famílias pobres e desestruturadas.

 

Coimbra nunca esqueceu o Pai Américo e a estátua que lhe ergueu na avenida Dias da Silva é muito bonita. As flores viçosas que pessoas anónimas em cada madrugada ali colocam e o carinho e devoção dos olhares que diariamente com ele ali se cruzam dizem que o Padre Américo será para sempre cidadão de Coimbra e modelo para nós cristãos.

 

M. C.

 

Precisamos de dar um sentido à vida

delon-aliDelon Ali viveu durante seis anos nas ruas de Nova Iorque (EUA) após perder tudo devido ao uso de álcool e drogas.
Ele conta que chegou a ter um bom emprego numa loja de artigos de luxo, num dos quarteirões mais caros de Nova York, mas que não via muito sentido na sua vida e começou a tentar preencher esse vazio que sentia, frequentando boates e clubes nocturnos da cidade, onde começou a beber. Depressa começou a usar crack e, viciado, perdeu o emprego, património e economias, o que o levou a virar um morador de rua.
 “A pior parte da minha vida foi quando estava andando dum lado para o outro, rodando dentro de trens ou comendo em latas de lixo, por cerca de três anos. Não tinha esperança, não tinha amor, sentido de direcção ou propósito. Eu até mesmo considerei pular da Ponte de Brooklyn” – resume Delon, ao falar de sua vida de sem abrigo.
Vivia pedindo esmola, pois precisava de muito dinheiro para a droga, mas a melhor coisa que lhe deram foi levá-lo até à Bowery Mission, uma instituição que ajuda os sem abrigo.
 “Desse momento em diante, a minha vida nunca mais foi a mesma. Entreguei a minha vida a Cristo e a todos os que precisam de mim” – afirma.
Ele conta que na missão ouviu testemunhos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pelo projecto, o que lhe deu uma nova perspectiva de vida. Foi então que ele começou a trabalhar com a equipe da missão que prepara refeições para os pobres.
Com a ajuda da equipe de assistência social do Bowery Mission Delon aprendeu a cozinhar e obteve o diploma de chefe de cozinha, entre muitas outras coisas.
Agora, com a sua vida transformada, ele afirma que aprendeu que servir e mostrar o amor de Deus aos outros são sua real razão de viver.
 
M. V. P.


 

 

 

A generosidade de uma criança

       A tendência natural das pessoas é serem egoístas. E se não forem educadas a repartir com os outros, isso poderá ser um problema futuro na relação com os demais. Um exemplo disso é a dificuldade de fazer as partilhas dos bens deixados pelos pais. Por isso vemos tantas vezes irmãos zangados por causa das partilhas.

       É bom que os educadores habituem as crianças a repartir com os que não têm ou a darem o que não lhes faz falta. Dar brinquedos ou roupas que já não usam é um bom meio de educar à generosidade.

      

       Alguns jornais trouxeram há dias a notícia de um menino americano de oito anos que doou todo o dinheiro que recebeu dos seus familiares e padrinhos pela sua Primeira Comunhão a um refeitório que atende pessoas pobres. E o menino explicou que o fez em resposta ao pedido do Papa Francisco de ajudar os mais necessitados.

       Alex Trindad, que está no terceiro ano do ensino fundamental da escola Lehigh County, doou os 465 dólares que recebeu pela sua Primeira Comunhão à Cozinha Ecuménica em Allentown, estado da Pennsylvania.

       A mãe de Alex, que escreve num blog chamado Filling my Prayer Closet, explicou que seu filho "gosta muito do Papa Francisco" e "achou que tinha que dar todo o seu dinheiro da Comunhão aos que passam fome".

      "Se nós não alimentarmos os pobres e os famintos, então quem o fará, mãe?", disse o menino a sua mãe.

       Perguntado sobre seu acto de generosidade, Alex Trindad disse ao canal de TV local WFMZ que "o Papa Francisco disse que temos que alimentar os pobres. E eu sinto-me bem porque agora todos podem comer".

       A doação de Alex permitiu alimentar por um dia e meio 350 pessoas que tiveram oportunidade de conhecer o menino, a quem aplaudiram alegremente pela sua obra de caridade.

                                                                                                                                                                                                                                              M. V. P. in O Amigo do Povo

 

Catequista dos pais

 

      Terminou mais um ano de catequese. Muitos catequistas sentirão que o seu esforço foi um trabalho que valeu a pena. Outros – penso que poucos – acharão que foi inútil ou quase.

 

      Hoje não é fácil falar das coisas espirituais. Mas o nosso mundo precisa que se semeie muito trigo, porque o joio aparece em todo o lado.

 

       E há belos exemplos de que vale a pena semear a palavra de Deus. Conheci vários moços que parecia não ligarem nada ao que se dizia na catequese. O seu comportamento era mesmo perturbador. E depois de amadurecerem tornaram-se cristãos exemplares.

 

       O caso que para aqui trago hoje é diferente. Um moço que deu nas vistas logo nos primeiros anos pela seriedade com que vivia as sessões de catequese. O problema era que raramente ia à Eucaristia. E o catequista, dando-se conta disso, chamou-o à atenção. E foi ele mesmo catequista dos pais.      

 

       Tratava-se de um casal que pouco ligava às coisas de Deus e da Igreja. E o miúdo teve uma conversa com os pais:

– Se não me deixam ir à Missa também não vou à catequese.

– Tens de ir à catequese porque nós também fomos, quando éramos da tua idade.

– Mas a catequista disse-me que era obrigatório ir à Missa.

– Quem manda em ti somos nós, não é a catequista.

Chegado o próximo domingo, o miúdo diz ao pai:

– Se não me deixa ficar para a Missa, escusa de me levar à catequese.

       E o pai conversou com a mãe e resolveram deixar ficar o miúdo até ao fim da Eucaristia. Uma vez por outra, os pais começaram a ir também. Resolveram confessar-se e acompanharam o filho na primeira comunhão. Atrás da Missa veio a oração. E, agora crescido, são os pais a lembrá-lo que faltar à Eucaristia é um pecado grave.

 

                                                                                                                                                                                                                                              M. V. P.(in O AMIGO DO POVO)